Kabu impulsiona desenvolvimento sustentável nos territórios com ajuda de parceiros

Lideranças estiveram no Rio de Janeiro em reunião com integrantes do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
Kabu impulsiona desenvolvimento sustentável nos territórios com ajuda de parceiros
21.11

O ano está terminando e já estamos planejando para 2023: na semana passada o nosso presidente, Tomejkwa Bepakati, nosso relações públicas, Doto Takak ire e nosso vice-presidente, Mydjere Kayapó, acompanhados de membros da equipe técnica, estiveram no Rio de Janeiro para conversar com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) – que propôs e administra o projeto Tradição e Futuro da Amazônia, financiado pela Petrobras Socioambiental.

Através deste projeto, o Instituto Kabu vem promovendo desde 2021 oficinas de capacitação com crianças, jovens e mulheres, avançando também na elaboração do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) da Terra Indígena Menkragnoti e promovendo estudos para identificar a quantidade e o valor dos estoques de carbono nas Terras Indígenas do bloco Kayapó. Discutimos também as ações que serão desenvolvidas em 2023 envolvendo Sistemas Agroflorestais (SAF), que se espelha na floresta para cultivo e produção garantindo desta forma a segurança alimentar das comunidades. Também estão sendo confeccionados materiais educativos sobre a biodiversidade que irão para as escolas, bem como ações futuras envolvendo formação para os professores indígenas que trabalham nas aldeias.

Além das reuniões com o Funbio e Petrobras, nossa delegação conversou com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Conservação Internacional – que também é parceira no Fundo Kayapó. Além dos projetos em que já trabalhamos juntos, Doto Takak ire, com apoio de outros diretores, vem buscando saídas para auxiliar lideranças da Terra Indígena Kayapó que querem dizer não ao garimpo e à retirada de madeira do território, para trabalhar de agora em diante com projetos de desenvolvimento sustentável.

Oito lideranças indígenas da TI Kayapó, da região em que vivem os Kayapó-Gorotire também participaram das reuniões e reiteraram a intenção de dizer não às atividades ilícitas e estancar a degradação na Terra Indígena mais afetada pelo garimpo no nosso bloco. Queremos trabalhar juntamente com nossos doadores e nossos parentes para acabar com as atividades ilícitas, acabar com os conflitos entre parentes e seguirmos todos unidos na proteção do nosso modo de vida tradicional, protegendo a biodiversidade de nossas florestas, o fortalecimento da nossa cultura e um desenvolvimento aliado à conservação.

“Voltamos muito animados com as perspectivas de ampliar nosso trabalho em 2023 e trazer nossos parentes Gorotire para desenvolver projetos que mantenham a floresta de pé,” resumiu Tomejkwa Bepakati, presidente do Instituto Kabu.